quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mulheres ainda ficam atrás em economia e política, diz estudo

Brasil ocupa 82º lugar no ranking de desigualdade entre gêneros, que conta com 135 países


NOVA YORK (Reuters) - As mulheres estão praticamente no mesmo patamar que os homens em todo o mundo nas áreas de saúde e educação, mas ainda estão para trás em participação e oportunidades em economia e política, de acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira (01).

O Relatório Global de Diferenças por Gênero revelou que 96 por cento das diferenças em saúde e 93 por cento das disparidades em educação foram eliminadas, comparadas com menos de dois terços das diferenças em economia e apenas um quinto em participação política.

"Enquanto as mulheres estão começando a ser tão saudáveis e educadas quanto os homens, elas claramente não estão sendo aproveitadas para a economia e estruturas de tomada de decisão nos mesmos níveis", disse Saadia Zahidi, diretor sênior do Fórum Econômico Mundial e um dos autores do relatório.

No topo do ranking de 135 países estava a Islândia, seguida pela Noruega, Finlândia, Suécia e Irlanda, enquanto que os últimos cinco são Arábia Saudita, Mali, Paquistão, Chade e Iêmen. O Brasil está em 82o lugar, três posições acima de 2010.

"Enquanto muitas economias desenvolvidas foram bem sucedidas em eliminar a diferença por gênero em educação, poucas tiveram sucesso em maximizar os retornos desse investimento. Os países nórdicos são os líderes nessa área", apontou o relatório. "No geral, essas economias tornaram possível para os pais combinarem trabalho e família", acrescentou, afirmando que as políticas levaram até ao aumento na taxa de natalidade.

Algumas das políticas bem-sucedidas dos países nórdicos identificadas pelo relatório foram a licença-paternidade obrigatória, benefícios generosos de licença-paternidade oferecidos por uma combinação de fundos de seguridade social e empregadores, incentivos tributários e programas de retorno ao mercado de trabalho pós-maternidade.

O relatório mediu as diferenças por gênero em salários, participação na mão-de-obra, emprego altamente qualificado, acesso a educação de nível básico e superior, representação nas estruturas de tomada de decisão, expectativa de vida e quociente sexual.

Os Estados Unidos subiram duas posições para o 17o lugar, assim como a Alemanha para o 11o. Grã-Bretanha caiu uma posição para o 16o, China se manteve no 61o, a Rússia subiu dois lugares, para a 43 posição, assim como a África do Sul para a 14a. A França caiu dois lugares para o 48o e o Japão caiu quatro, para 98o.

Na China, quase três quartos das mulheres trabalham, mas os salários dos homens aumentam mais rápido, apontou o relatório.

O relatório completo pode ser visto em


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