segunda-feira, 19 de setembro de 2011

II Conferência Municipal de Juventude em São Paulo ocorre com sérias fragilidades em sua estrutura

No último dia 17 de setembro de 2011 (sábado) aconteceu na cidade de São Paulo a II Conferência Municipal de Juventude (II CMJ).
Além da presença de aproximadamente 1000 jovens de diversas regiões da cidade (sejam eles oriundos de escolas, organizações sociais e demais movimentos organizados), a II CMJ contou com a presença de autoridades públicas locais que assumiram e reafirmaram o compromisso de trabalhar a temática da juventude em suas agendas, especialmente quanto a implementação de suas políticas públicas.
Apesar da forte participação do poder público e da sociedade civil na II CMJ, a organização cometeu diversos erros, mas um em especial bem grave: não teve Regimento Interno da Conferência!
Com isso, realizou-se uma Moção de Repúdio (que foi aprovada em plenário) tendo em vista que, sem Regimento, não era possível dizer como seria o funcionamento da própria Conferência (seja no que concerne a retirada de propostas, de delegados, de ações, de encaminhamentos, de metodologia da própria conferência, dentre outros pontos).
Mesmo diante desta dificuldade, a II CMJ seguiu seus trabalhos tendo incorporado em cada um dos 15 grupos de trabalho (referente aos desdobramentos dos 5 Eixos Temáticos do Texto Base da II Conferência Nacional de Juventude) uma metodologia diferente para retirada de propostas e de delegad@s.
Ao final do dia, mesmo com o plenário esvaziado, foram apresentadas as propostas e, dos grupos de trabalho, foram retirados 350 delegad@s para a II Conferência Estadual de Juventude (que ocorrerá nos dias 29-30 de outubro no Guarujá).
No entendimento das Jovens Feministas de São Paulo, tal processo pode prejudicar todo o encaminhamento de ações da juventude paulista, o que inviabiliza e coloca em risco mais uma vez o planejamento e implementação de políticas públicas de juventude para a cidade de São Paulo.
Esperamos minimamente que as propostas tiradas dos grupos de trabalho sejam encaminhadas para a II CEJ e que a Coordenadoria Municipal de Juventude realize novas ações que possam suprir os anseios de uma juventude que está sendo violada e privada de direitos diariamente na cidade de São Paulo.
No mais, sairam algumas poucas delegadas jovens com o olhar de mulher jovem feminista para a II CEJ, o que pode complicar ainda mais na defesa das propostas das mulheres jovens nas próximas etapas da Conferências.

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