No último dia 17 de setembro de 2011 (sábado) aconteceu na cidade de São Paulo a II Conferência Municipal de Juventude (II CMJ).
Além da presença de aproximadamente 1000 jovens de diversas regiões da cidade (sejam eles oriundos de escolas, organizações sociais e demais movimentos organizados), a II CMJ contou com a presença de autoridades públicas locais que assumiram e reafirmaram o compromisso de trabalhar a temática da juventude em suas agendas, especialmente quanto a implementação de suas políticas públicas.
Apesar da forte participação do poder público e da sociedade civil na II CMJ, a organização cometeu diversos erros, mas um em especial bem grave: não teve Regimento Interno da Conferência!
Com isso, realizou-se uma Moção de Repúdio (que foi aprovada em plenário) tendo em vista que, sem Regimento, não era possível dizer como seria o funcionamento da própria Conferência (seja no que concerne a retirada de propostas, de delegados, de ações, de encaminhamentos, de metodologia da própria conferência, dentre outros pontos).
Mesmo diante desta dificuldade, a II CMJ seguiu seus trabalhos tendo incorporado em cada um dos 15 grupos de trabalho (referente aos desdobramentos dos 5 Eixos Temáticos do Texto Base da II Conferência Nacional de Juventude) uma metodologia diferente para retirada de propostas e de delegad@s.
Ao final do dia, mesmo com o plenário esvaziado, foram apresentadas as propostas e, dos grupos de trabalho, foram retirados 350 delegad@s para a II Conferência Estadual de Juventude (que ocorrerá nos dias 29-30 de outubro no Guarujá).
No entendimento das Jovens Feministas de São Paulo, tal processo pode prejudicar todo o encaminhamento de ações da juventude paulista, o que inviabiliza e coloca em risco mais uma vez o planejamento e implementação de políticas públicas de juventude para a cidade de São Paulo.
Esperamos minimamente que as propostas tiradas dos grupos de trabalho sejam encaminhadas para a II CEJ e que a Coordenadoria Municipal de Juventude realize novas ações que possam suprir os anseios de uma juventude que está sendo violada e privada de direitos diariamente na cidade de São Paulo.
No mais, sairam algumas poucas delegadas jovens com o olhar de mulher jovem feminista para a II CEJ, o que pode complicar ainda mais na defesa das propostas das mulheres jovens nas próximas etapas da Conferências.
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